terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

PETROBRAS: ENGENHEIRO RELATA SOFRER PRESSÃO PARA FRAUDAR LICITAÇÃO.

PETROBRAS:


Luiz Antônio Kalil Horta afirma ter sido pressionado por subordinados do ex-gerente de serviços da estatal Pedro Barusco.





















Ex-gerente de serviços da Petrobras, Pedro Barusco admitiu ter recebido US$ 97 milhões em propinas (Vanderlei Almeida/AFP)
Em depoimento à Polícia Federal em um dos inquéritos da Lava Jato, o engenheiro eletricista da Petrobras Luiz Antônio Kalil Horta relatou ter sido pressionado por subordinados do ex-gerente de serviços da estatal Pedro Barusco para negociar licitações muito acima do valor estipulado. 
Ele afirmou que chegou a ser deslocado da comissão de licitações da Refinaria de Paulínia (Replan), no interior de São Paulo, após cancelar certames com preço maior que o previsto. Barusco admitiu ter recebido 97 milhões de dólares em propinas na estatal.
Segundo o engenheiro, o menor lance dado pelas empresas convidadas em uma licitação para ampliação da casa de força da refinaria em 2007 foi de 919 milhões de reais. O valor ficou muito acima da previsão inicial de 506 milhões de reais estimados pela área técnica da Petrobras, o que motivou o cancelamento da licitação. 
Contudo ao mencionar que iria adotar a medida, ele disse que foi procurado por seu chefe Jairo Luiz Bonet e pelo funcionário do serviço de engenharia da Petrobras (Segen, que faz as estimativas de preços das licitações da estatal) Fernando de Almeida Biato. 
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Na ocasião, ambos falaram para Kalil Horta não cancelar o certame e negociar com as empresas. A sugestão não foi acatada por ele, que acabou cancelando e realizando outra licitação, vencida por um preço dentro da estimativa inicial da área técnica da Petrobras. Segundo o engenheiro, foram feitas outras licitações a preços muito mais elevados. 
O depoimento foi dado em 14 de janeiro, em um dos inquéritos da Lava Jato conduzido pela Polícia Federal que apura o esquema de desvios e lavagem de dinheiro que se instalou na Petrobrás.

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