sábado, 31 de janeiro de 2015
JORNAL DOS MUNICÍPIOS - NATAL/RN.: ATÉ QUANDO O POVO BRASILEIRO VAI AGUENTAR ESTA COR...
JORNAL DOS MUNICÍPIOS - NATAL/RN.: ATÉ QUANDO O POVO BRASILEIRO VAI AGUENTAR ESTA COR...: Será que a paciência do povo brasileiro tem limite? até quando, Quando começam os racionamentos, ainda que não declarados, os polít...
ATÉ QUANDO O POVO BRASILEIRO VAI AGUENTAR ESTA CORRUPÇÃO DO PT.
Será que a paciência do povo brasileiro tem limite? até quando,
Quando começam os racionamentos, ainda que não declarados, os políticos devem ficar alerta: a paciência do cidadão pode ter limite
O Brasil está de férias em um verão baixo astral, não só por suas altas
temperaturas, mas porque um amplo leque de desatinos políticos está
colocando à prova a paciência dos cidadãos.
Quanto aguentará a proverbial capacidade dos brasileiros diante das
calamidades que estão brotando como se tratasse, me diz um amigo, de uma
“maldição” não se sabe de que deuses e por culpa de que pecados?
Todas as profecias, encerradas as eleições presidenciais mais disputadas dos últimos tempos,
indicavam que 2015 seria um ano difícil, com um punhado de maldições
que cairiam sobre os ombros dos cidadãos em matéria de economia, fruto
de políticas equivocadas, com aumentos dos preços dos serviços públicos,
da inflação, dos juros, do desemprego e sobretudo da incerteza de não
se saber por onde o país vai caminhar.
Ainda com menos de um mês, o novo ano e as profecias vão se tornando
mais obscuras e afetam dois pilares da vida cotidiana das pessoas: a falta de água que se torna cada dia mais crítica e as recomendações para se consumir menos energia elétrica com a ameaça de apagões.
Quando começa a haver racionamentos em um país, mesmo que se usem
eufemismos para evitar essa palavra, de água e luz, enquanto “tudo
continua aumentando”, como se ouve nas ruas, os responsáveis políticos
devem ficar mais alerta, porque a paciência dos cidadãos quando se
sentem enganados e frustrados pode ter um limite, inclusive no Brasil.
É verdade que as pessoas, entre impotentes e enganadas por seus
políticos, e sem entusiasmo com um novo governo sem brilho envolvido em
suas velhas tramoias partidárias,
continuam convencidas de que, apesar de tudo, “não se voltará às ruas”
para manifestar descontentamento ou exigir responsabilidades.
Mas até quando? Podem os políticos, tanto os do governo quanto os de
oposição, dormir sonhos tranquilos convencidos de que os brasileiros
“aguentam muito”, como comentou um deputado federal em um programa de
televisão enquanto se punha a rir?
Os movimentos dos cidadãos no sentido de tomar de consciência de seus
direitos e da clarividência de estarem sendo enganados costumam ser
lentos em todas as democracias, mas ninguém é capaz de fazer profecias.
Às vezes basta uma fagulha para o incêndio explodir.
Também no Brasil? Sim, porque o país, mesmo que às vezes não pareça,
está mudando, está despertando e certas irresponsabilidades dos
governantes podem ter um limite.
O Brasil de hoje, em sua consciência cidadã, mesmo que ainda sem
instrumentos para expressá-la, não é o de há apenas dez anos. É um país
mais maduro e ao mesmo tempo mais irritado, sobretudo nas redes sociais,
que são as novas praças de protesto do mundo moderno, a antessala das
grandes manifestações de rua.
O Brasil conta hoje com uma nova classe média, a chamada Classe C,
que tem muitos matizes, mas não está disposta a voltar atrás em algumas
de suas conquistas, enquanto a classe média tradicional se mostra cada
dia mais castigada e desgastada.
E os muito ricos continuam forçando
para não se misturar à tropa e para se diferenciar dela nesse movimento chamado de “camarotização”,
que chega a pedir que nas praias míticas do Rio a entrada seja limitada
para o povo, o chamado “povão”, identificado como sinônimo de
violência.
A acumulação de escândalos políticos que têm hoje como marca o caso da Petrobras,
que roubou do Brasil boa parte da imagem positiva mundial conquistada
nos últimos 20 anos, o aperto econômico cada dia mais evidente e a
desilusão com os políticos e seus partidos são uma mecha fácil para um
apagão de credibilidade cidadã.
É difícil hoje fazer profecias até para os analistas mais
especializados, mas algo pode ser sentido no ar, junto com o calor
insuportável do verão. Se os governantes deste país pensam que, mais uma
vez, férias e carnavais vão amansar os ânimos já tensos das pessoas, é
possível que estejam equivocados.
Esse descontentamento ainda latente, mas real, que está crescendo e
que aumenta a violência nas grandes cidades, podendo ser sentido de
norte a sul do país, e talvez seja maior do que o amortecedor dos
carnavais mais loucos do mundo, e do que esse invejável espírito dos
brasileiros de se contentar em cada crise com o que ainda lhes resta em
vez de se irritar com o que pouco a pouco lhes vai sendo tirado.
Só o futuro imediato dirá se os responsáveis pelo que os cidadãos
estão começando a sofrer diariamente podem continuar dormindo tranquilos
ou se um dia despertarão em um Brasil que começou a falar outra língua.
Mais severa e sem tempo nem vontade para continuar acreditando em
promessas e profecias vazias.
Os apagões de água e luz,
filhos da falta de programação dos responsáveis mais interessados em
garantir suas reeleições do que em prever e programar o futuro dos
cidadãos, poderiam ser um símbolo de outros apagões mais graves
conduzidos desta vez pelos que hoje sofrem suas consequências.
Cuidado, porque o Brasil é mais do que um país e tudo o que nele se
cria de positivo e de negativo costuma ter dimensões gigantescas e
saltar para fora de suas fronteiras.
Os murmúrios das ruas e praças podem se transformar em gritaria se os
responsáveis continuarem acreditando que os brasileiros ainda estão
felizes. Não estão. E menos ainda os que menos têm e mais sofrem todo
tipo de restrições, que são a maioria, como em todo o mundo, onde 1%
possui a riqueza dos outros 99%, segundo os últimos dados oficiais da
ONU.
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Bispo Magalhães Presidente |
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GRATO
BISPO MAGALHÃES.
01/Janeiro/2015
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