"Haiti. Dilma", gritavam haitianos, em tom de diversão, antes da chegada da presidente Dilma Rousseff na Cidade do Povo [conjunto habitacional do governo estadual], onde ela entregou 966 casas populares nesta quarta-feira (11), em Rio Branco. O grupo, composto por cerca de 30 imigrantes, foi levado ao local em um ônibus disponibilizado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), e se misturava no local a militantes partidários.
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Ao chegar na Cidade do Povo, Dilma cumprimentou os haitianos. "Quero cumprimentar nossos queridos latino-americanos do Haiti aqui presentes e dizer pra eles: sejam bem vindos. O Brasil é um país feito para várias nacionalidades", disse Dilma.
Ao G1, o secretário Nilson Mourão disse que os imigrantes souberam da vinda da presidente ao Acre e demonstraram interesse em vê-la, por isso, foi disponibilizado o transporte até o local. "Os haitianos são beneficiários de uma política de imigração do governo federal, eles demonstraram interesse em ver a presidente Dilma e nós disponibilizamos o ônibus", afirmou.
Em Rio Branco, os imigrantes que entram no país pelas fronteiras do Acre com o Peru e Bolívia, ficam instalados em uma chácara. Com a cheia do Rio Acre, o abrigo ficou superlotado. Esta semana, mais de 700 imigrantes estavam no local com capacidade máxima para 300 pessoas.
Agenda no Acre
A presidente Dilma cumpriu agenda em Rio Branco, nesta quarta, uma semana após o estado enfrentar uma enchente histórica. Após se reunir com prefeitos de cidades atingidas pela cheia na sala de embarque do aeroporto, ela seguiu até o abrigo montado no Ginásio do Sesi e depois até a Cidade do Povo, localizado na BR-364.
O governo do estado reforçou a segurança nos locais onde Dilma cumpriu agenda. De acordo com o comandante da PM, coronel Júlio César, 200 homens da Polícia Militar foram distribuídos entre o aeroporto de Rio Branco, Ginásio do Sesi e Cidade do Povo.
A cheia do Rio Acre devastou cidades acreanas e desabrigou milhares de famílias.
Apenas em Rio Branco, a enchente alcançou 53 bairros, tirou de casa 10,4 mil pessoas e afetou diretamente mais de 87 mil habitantes. No total, a cheia atingiu os municípios de Assis Brasil, Epitaciolândia, Brasileia, Xapuri e Porto Acre.
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