O Vaticano anunciou hoje (9) que foi
alvo da chantagem de um desconhecido, que exigiu dinheiro para devolver dois
documentos de Michelangelo, roubados há cerca de 20 anos.
O cardeal Angelo
Comastri, arcebispo da Basílica de São Pedro, "recebeu proposta para
readquirir, por um preço determinado, dois documentos - um escrito por
Michelangelo e o outro com a sua assinatura", informou o gabinete de
imprensa do Vaticano. "Naturalmente, o cardeal recusou por se tratar de
documentos roubados", acrescentou.
O desaparecimento dos
dois documentos dos arquivos da Fabbrica di San Pietro foi comunicado pela
primeira vez em 1997 pela arquivista da época, irmã Teresa Todaro, ao então
cardeal arcebispo de São Pedro, Virgilio Noé.
A Guarda do Vaticano
comunicou o caso à polícia italiana para a abertura de inquérito conjunto.
Os arquivos da Fabbrica
de San Pietro contêm numerosos documentos sobre o longo processo de construção
da imensa basílica, que foi concluída em 1626, após um século de trabalhos.
Em 1547, sob o papado de
Paulo III, Michelangelo, já idoso, sucedeu a Antonio da Sangallo como
superintendente da construção da basílica, tendo sido o principal responsável
pela concepção dos edifícios.
Michelangelo morreu em
1564.
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