segunda-feira, 6 de abril de 2015

SPORT EMPATA COM O SANTA CRUZ NA ILHA DO RETIRO - TORCIDA RUBRO-NEGRA SAIU CHATEADA DO ESTÁDIO





Já classificados por antecipação às semifinais do Pernambucano, Santa Cruz e Sport disputaram o segundo Clássico das Multidões da temporada, na Ilha do Retiro. Os objetivos eram bem distintos, mas a rivalidade e a paixão das maiores torcidas de Pernambuco engrandeceram o espetáculo deste domingo (5), que terminou empatado em 1 x 1, no dia da Páscoa. Mas o tricolor deixou de dar o troco da primeira derrota sofrida no ano para o grande rival do estado.
Mesmo atuando fora de casa e com um homem a menos desde o início do segundo tempo, o Santa brigou até o último minuto com líder do hexagonal do título e conseguiu empatar em 1 x 1, faltando dois minutos para o apito final. Os rubro-negros abriram o placar aos dois minutos do segundo tempo após o árbitro Luiz Cláudio Sobral marcar um pênalti duvidoso. Além disso, expulsou no mesmo lance o zagueiro Danny Morais.
A vitória coral seria importantíssima para elevar a moral nas semifinais, definida desde a rodada anterior, que será contra o Central. Enquanto os rubro-negros apenas cumpriram tabela no clássico, os tricolores dependiam do resultado do jogo da Patativa, contra o Serra Talhada, para subir uma posição. 
Com o término da 10ª e última rodada do hexagonal, o clube das três cores permaneceu na 3ª colocação com 14 pontos. O Central assegurou a 2ª posição com 14 pontos e fará a segunda partida das sêmis no estádio Luiz Lacerda, em Caruaru. O Mais Querido torcia por um tropeço dos alvinegros para finalizar o hexagonal no 2º lugar, mas, teria que vencer o clássico para ultrapassar a Patativa, que perdeu por 2 x 1.
Sendo assim, a primeira partida da semifinal entre Santa Cruz x Central acontecerá no estádio do Arruda, no dia de 19 de abril. O jogo de volta está marcado para o dia 26. A outra decisão será entre Sport Recife e Salgueiro.
O TIME – Diferentemente do Sport Recife, que está disputando as Copas do Nordeste e do Brasil, o Santa teve 14 dias seguidos de preparação para o clássico. O técnico Ricardinho aproveitou o tempo para deixar a equipe afiada e, mesmo fazendo dois treinos secretos, não foi misterioso na escalação, colocando o que tinha de melhor em campo: Fred; Nininho, Danny Morais, Alemão e Tiago Costa; Edson Sitta, Bruninho, João Paulo e Raniel; Anderson Aquino e Betinho.
O treinador não mexeu no esqueleto do time e optou por fazer apenas uma alteração: o garoto Raniel ganhou a vaga do meia-atacante Thiaguinho. Desta forma, a formação montada no 4-4-2 permaneceu.
O JOGO - Com uma semifinal decisiva pela Copa do Nordeste, o Sport Recife entrou em campo com um time misto. Mas, apesar das circunstâncias, o favoritismo do Santa Cruz passava longe, até porque se tratava do maior clássico do estado de Pernambuco. O duelo na Ilha do Retiro começou com muitos erros de cruzamento e muito estudo das duas equipes, refletindo num grande equilíbrio nos primeiros dez minutos.
Poucas chances de gol definam o clássico até os 15 minutos. A primeira boa oportunidade saiu dos pés de Mike, que recebeu um belo lançamento do zagueiro Durval e perdeu o gol frente a frente com o goleiro Fred. Os rubro-negros conseguiram criar uma boa trama, mas os tricolores tinham total controle do jogo.O Santa tentou responder em cobrança de falta do meia João Paulo, que mandou a bola na área e o zagueiro Danny Morais cabeceou pra fora. Aos 25 minutos, um lance forte entre Edson Sitta e Ronaldo. Na disputa da bola, eles se chocaram e desabaram no gramado da Ilha, mas após o atendimento médico voltaram para o jogo.
Dentro das quatro linhas poucos lances de perigo, mas nas arquibancadas as duas torcidas estavam empolgadas, dando cara ao Clássico das Multidões. Aos 40 minutos, Régis teve uma bela chance de abrir o placar. O meia ficou de frente para o gol e mandou a bola por cima do goleiro Fred, que assistiu o lateral esquerdo Tiago Costa salvar o Santa.
Em seguida, o Santa Cruz respondeu muito bem. O meia Raniel fez uma linda jogada, driblou o zagueiro Durval e mandou uma bomba para Magrão, bem posicionado, fazer a defesa. A blitz era coral e novamente com Raniel, que passou fácil por Danilo e na entrada da área arriscou, mas a bola foi para fora. O equilíbrio permaneceu até o apito do primeiro tempo, terminando em 0 x 0.
SEGUNDO TEMPO - Na volta do intervalo, o Santa retornou com duas novidades na escalação. O garoto Wellington César entrou no lugar de Edson Sitta e o meia Emerson Santos na vaga de Anderson Aquino. A ideia do técnico Ricardinho seria povoar o meio de campo, com três homens na armação, deixando apenas Betinho no ataque.
A proposta de jogo do Santa Cruz foi destruída logo nos primeiros movimentos da etapa complementar, quando o árbitro Luiz Cláudio Sobral marcou um penâlti duvidoso de Danny Morais em cima de Samuel. Para piorar a situação, o zagueiro coral foi expulso direto. O atacante rubro-negro cobrou bem e, mesmo o goleiro Fred caindo no canto correto, abriu o placar na Ilha aos 2 minutos.
O técnico Ricardinho teve que arrumar uma solução para tapar o buraco do sistema defensivo. Sendo assim, sacou o volante Bruninho e acionou o zagueiro Diego Sacoman. O Sport Recife continuou em cima, buscando ampliar a vatangem. O meia Régis ficou frente a frente com o goleiro Fred e chutou pra fora.
A pressão dos rubro-negros era grande e a defesa do Santa lutava para segurar o ímpeto do rival. Aos 12 minutos, Fred salvou o tricolor. O atacante Samuel cruzou para Régis, mas o camisa 1 apareceu na hora certa para fazer a defesa. Apesar de estar com um homem a menos, não faltava raça ao time do técnico Ricardinho, que tentava pelo menos empatar o jogo.
O clássico esquentou aos 20 minutos. Ronaldo deu uma chegada mais forte e irritou os jogadores do Santa Cruz, principalmente Betinho, que trocou empurrões, até o árbitro conter os ânimos. O Sport administrava o resultado, já o Santa buscava balançar as redes do goleiro Magrão.
A equipe coral teve algumas chances de empatar em cobranças de escanteios. Enquanto isso, os rubro-negros tentavam aproveitar os contra-ataques, mas nenhum com êxito. Aos 42 minutos, Alemão aproveitou o escanteio e cabeceou a bola muito perto do gol de Magrão. Logo depois, restando dois minutos, Betinho colocou a bola na área e João Paulo, de cabeça, mandou para o fundo das redes, deixando tudo igual para vibração da torcida coral (1 x1). 

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