Todos os ministros da sigla falaram em programa em rede nacional de TV. Presidentes do Senado e da Câmara também participaram.
O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, afirmou na noite desta quinta-feira (26), no programa do partido exibido em rede nacional de TV, que é preciso que as apurações de irregularidades ocorram sem paralisar o país.
Todos os ministros do partido participaram do programa, além dos presidentes da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O programa não fez referência à presidente Dilma Rousseff.
"O país precisa de agenda positiva. A apuração de irregularidades não pode paralisar a vida produtiva do país. As duas coisas devem acontecer ao mesmo tempo: enquanto se investiga de um lado, e a justiça faz a sua parte, do outro temos que trabalhar para que tenhamos conquistas maiores e mais importantes", disse Temer.
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O andamento de obras públicas é uma preocupação do governo devido à investigação pela Polícia Federal das principais empreiteiras do país por envolvimento em esquema de pagamento de propina a funcionários da Petrobras e desvio de dinheiro da estatal.
Em novembro, quando foi deflagrada a sétima fase da operação da PF Lava Jato, que investiga o caso, funcionários e executivos de nove das principais empreiteiras do país foram presos. O PMDB é um dos partidos citados em acordos de delação premiada como beneficiário do esquema. A legenda nega.
Em sua fala, Temer também defendeu medidas tomadas pelo governo federal para garantir o reequilíbrio fiscal. “Com o novo programa de ajustes, caminhamos para ter uma economia mais forte e saudável, e sustentaremos os bem sucedidos programas sociais. Estamos trabalhando com convicção. E os resultados, todos nós juntos, vamos comemorar logo ali na frente”, afirmou Temer.
Nesta segunda-feira (23), ministros da área econômica se reuniram com peemedebistas na casa de Temer, em Brasília, para explicar a parlamentares as medidas provisórias de ajuste fiscal que limitam beneficios trabalhistas. As propostas precisam ser aprovadas no Congresso.
No programa do PMDB desta quinta, Temer afirmou, ainda, que o partido prestigia “a liberdade plena de informação” e defende a iniciativa privada, “sustentando a competitividade das empresas”.
Participação de ministros
O programa do PMDB também teve a participação de integrantes da legenda que hoje chefiam ministérios do governo. O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, falou em defesa dos investimentos que estão sendo feitos no setor elétrico.
“Energia com sinergia: este é o caminho que nós escolhemos para acelerar o cronograma das obras que estão em andamento ou sendo concluídas. E assim assegurar que o Brasil tenha um sistema elétrico plenamente confiável. Investimentos robustos estão sendo feitos nesse setor”, declarou.
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, prometeu dar sustentação à classe média no campo. “Escolher uma mulher para atuar na linha de frente do agronegócio, setor que hoje mais contribui para a economia, já pode ser considerada uma escolha ousada [...]. Vamos criar uma grande classe média e dar a ela apoio e sustentação”, disse Kátia.
Também participaram do programa os ministros Edinho Araújo (Secretaria Nacional de Portos), Helder Brabalho (Pesca e Aquicultura), Eliseu Padilha (Secretaria de Aviação Civil) e Vinicius Lajes (Turismo).
Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves, falaram no programa em pautar o Legislativo com temas de interesse da sociedade.
“Já demos início ao processo de votação de uma reforma política de verdade. Vamos mostrar que nós, escolhidos para representar a sociedade, somos realmente capazes de cuidar dela”, disse Cunha.
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