sábado, 14 de fevereiro de 2015

MICHEL TEMER QUER GANHAR CORPO NO CONGRESSO NACIONAL E ACABAR COM VOTO LEGENDA

 Muitos aliados do PSDB estão assustados com o discurso adotado pelos tucanos. A ala do PMDB que deu apoio a Aécio Neves está tirando a camiseta do time. Não concorda com a radicalização e adota o mesmo tom dos petistas na sua crítica ao que chamam de ‘golpismo’. Um desses aecistas, Geddel Vieira Lima, protesta: “Impeachment, só com batom na calcinha, fora disso é golpe!”.

A proposta do vice Michel Temer de instituir o distritão ganha corpo no Congresso. O PMDB está fechado com o modelo que acaba com o voto de legenda. Este tem sido uma vantagem para o PT, sigla com o dobro de simpatizantes do segundo colocado. No distritão serão eleitos os mais votados. As cúpulas do PP, PR e PTB aprovam. O ministro Gilberto Kassab (Cidades) garantiu o apoio do PSD. O DEM, que preside Comissão da Reforma Política com o deputado Rodrigo Maia, também caminha nessa direção. Esses partidos somam 223 votos. Resta saber o que fará o PT, que não tem votos para aprovar o voto em lista. Eles podem ajudar a construir a mudança ou obstruir qualquer proposta que não seja a sua.
O distritão vem aí

“A ideia de impeachment da presidente Dilma é um movimento golpista semelhante àquele que o PT fez contra Fernando Henrique Cardoso” 

Francisco Dornelles 
Vice-governador do Rio, ex-ministro do governo FH, que apoiou Aécio Neves para presidente

Ocupar o espaço
As pequenas e médias empreiteiras, representadas pela CBIC, se articulam para ocupar o espaço das grandes, abatidas pela Operação Lava-Jato. Estudam criar consórcios para pegar obras pesadas.

Novos tempos
No passado, o ex-presidente da Câmara Luiz Eduardo Magalhães (PFL) teve sua coragem exaltada ao impedir a cassação de Ricardo Fiúza, denunciado pela CPI do Orçamento. Hoje, os petistas são linchados pela solidariedade ao tesoureiro João Vaccari. Analistas perguntam se é a evolução da espécie ou só uma questão de oportunidade.

Diagnósticos
Os petistas reclamam das deficiências da presidente Dilma na comunicação e na ação política. Os tucanos dizem que ela não tem, nem nunca terá, a mesma performance do ex-presidente Lula.

São dois para lá, dois para cá
A divisão tomou conta do PSB. Seus dirigentes não admitem, mas a legenda já não fala mais a mesma língua. Os governadores Paulo Câmara (PE) e Ricardo Coutinho (PB), além do senador Fernando Bezerra (PE), querem uma reaproximação com o governo Dilma e o PT.

O aecista e o aecista do B
Os petistas comemoram, discretamente, a eleição de Leonardo Picciani (RJ) para líder do PMDB na Câmara. Dizem que o partido, no Rio, está fazendo um movimento de reaproximação.

Ressentimento
O grupo que apoiou Lúcio Vieira Lima para líder do PMDB desconfia que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ajudou Leonardo Picciani. Quando cobrado, Cunha lascou: “Se tivesse, a diferença não seria de um voto".

A oposição bateu o martelo. Seu novo líder de bancada no Congresso é o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM).

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